Angela é uma produção brasileira que estreou recentemente no catálogo da Amazon Prime. O enredo, baseado em fatos, retrata a trajetória da socialite brasileira Angela Diniz, vítima de feminicídio em meados da década de 1970.
A história começa durante o ano de 1976, com Angela participando de uma festa da casa de Adelita Scarpa, uma socialite paulista casada com o empresário Doca Street. É nesta noite que ela conhece e passa a fazer parte do círculo de amizade do casal, junto com Ibrahim Sued, jornalista e seu namorado na época.
Nos dias seguintes à festa Angela e Doca passam a se encontrar em segredo, se tornando amantes. Apesar de estar feliz com a nova relação, a socialite sente saudades dos três filhos e procura uma maneira de retomar a guarda deles.
A paixão é tão intensa que, em pouco tempo, o empresário decide abandonar a família e a sociedade com o cunhado para viver ao lado de Angela. O local escolhido pelo casal é uma praia de Búzios, localizada no Rio de Janeiro.
ANGELA | O começo de uma nova vida
Assim que chegam a Búzios, Angela compra a casa de Moreau, advogado e um dos melhores amigos de Doca. Nas primeiras semanas, a vida do casal é feita de festas com amigos e sexo, além dos planos para a nova moradia.
Porém, com o tempo Doca vai se tornando um homem cada vez mais amargo por não conseguir retomar a carreira profissional. Além disso, dia após dia, os ciúmes vão tomando conta dele, que passa a brigar e a agredir Angela por qualquer motivo, seja uma roupa que ela usa ou um telefonema para um amigo.
Após uma briga violenta, Doca parte com destino ao Rio de Janeiro para encontrar alguns investidores, deixando a namorada sozinha em casa. Sem a companhia do namorado, ela fica mais próxima de Tóia, sua melhor amiga e Lili, empregada responsável pelos cuidados com a casa.
Na véspera do retorno da viagem de Doca, a vida de Angela começa a mudar drasticamente. Ela aceita encobrir um caso extraconjugal de Tóia, servindo como álibi para que a moça possa se encontrar com um amante. Porém, ela não contava com a volta do namorado para casa no dia seguinte.
ANGELA | O começo de uma nova vida
Assim que retorna de viagem, Doca encontra Angela adormecida no sofá e a leva para a cama. Horas mais tarde, o casal está reunido com Moreau e Tóia para um almoço. Durante as conversas, o empresário percebe que algo estranho aconteceu na noite anterior e decide pressionar a socialite em busca da verdade.
Tomado pelo ciúme, Doca passa a ofender e agredir Angela, enquanto seus convidados, para não intervirem na briga, acabam deixando a residência. Na manhã seguinte, cansada das agressões, ela decide acabar a relação e expulsar o empresário de sua casa, deixando que ele leve tudo o que quiser.
Revoltado, Doca deixa a casa com suas roupas e o carro da socialite ameaçando nunca mais voltar. Porém, logo em seguida ele reaparece na casa da praia para pedir perdão por suas agressões e implorar pela retomada da relação com Angela.
Determinada a não sofrer mais na mão do ex-namorado, Angela se nega a aceitá-lo de volta. Inconformado com a resposta, ela tira uma arma da bolsa e dispara quatro tiros na socialite. Para saber como termina essa história, assista a Angela na Amazon Prime.
ANGELA | O feminicídio que marcou o país
Angela, além de retratar a vida da socialite e seu relacionamento tóxico com o empresário Raul, também conhecido como Doca Street, aborda um feminicídio que abalou o país. Ângela Maria Fernandes Diniz, era uma jovem mineira, mãe de três filhos e que destacava, na época, por estar sempre aparecendo nas principais colunas sociais do país.
Após se divorciar do engenheiro Milton Villas Boas e deixar Minas Gerais, ela se estabelece no Rio de Janeiro. Depois de uma série de namoros e casos, ela acaba conhecendo Doca Street, com os dois assumindo a relação depois dele se separar da família.
Durante os quatro meses de relacionamento entre a socialite e o empresário foram marcados por ciúmes de Doca e constantes agressões. Até que, em 30 de dezembro de 1976 ele assassinou Angela. Em seu julgamento, ele foi condenado a apenas 18 meses de prisão, sem a necessidade de cumprir pena com o argumento de legítima defesa da honra.
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