O filme Mães Paralelas é uma produção espanhola do diretor Pedro Almodóvar, que chegou recentemente ao catálogo da Netflix. O enredo fala sobre Janis, uma fotógrafa que precisa resolver um problema relacionado à tão sonhada maternidade, enquanto tenta resgatar o passado de seu bisavô, assassinado durante a Guerra Civil Espanhola.
A história começa com Janis fotografando Arturo, um arqueólogo famoso que será capa de uma revista importante. Após a realização do ensaio, ela decide abordá-lo para pedir ajuda em um assunto particular. A fotógrafa deseja escavar uma cova no vilarejo onde moravam seus antepassados para resgatar os restos mortais de 10 pessoas mortas pelos falangistas.
De acordo com ele, a situação é difícil. Pois, o então governo Rajoy decidiu parar de financiar a Associação de Memórias Históricas. Por isso, a única maneira de ajudar Janis é enviar um dossiê para uma entidade chamada Irmandade para a Recuperação da Memória Histórica, que pode se interessar pela história e financiar a escavação.
O que começou apenas como uma relação de amizade e ajuda acabou se tornando um relacionamento amoroso, mesmo com Arturo sendo casado. Após um ano de encontros às escondidas, Janis fica grávida e, como o arqueólogo não deseja abandonar a esposa, ela termina a relação e decide ser mãe solteira, assim como sua mãe e sua avó.
MÃES PARALELAS | A chegada de Ana
Ao se internar no hospital para realizar o parto, Janis divide o quarto com Ana, uma jovem que engravidou na adolescência. Por passarem por situações semelhantes, as duas acabam criando uma amizade que promete durar anos. Nos meses seguintes, fotógrafa tenta conciliar a maternidade e a profissão, enquanto a jovem lida com a experiência sozinha, pois a mãe é ausente.
Toda a felicidade com que Janis tem em cuidar da filha Cecília vai se transformando com o passar do tempo. Após receber uma visita de Arturo, a fotógrafa começa a desconfiar se a bebê é mesmo sua. Para tirar as dúvidas, ela faz um teste de paternidade. O resultado, porém, indica que ela não é mãe da garotinha, o que deixa Janis sem chão.
Abalada com a revelação, Janis se isola de Arturo e Ana, dedicando-se apenas à maternidade e ao trabalho. Porém, um dia ao sair da pedagoga, ela reencontra Ana. A jovem abandonou a casa da mãe e está trabalhando e morando em um café próximo à residência de Janis, que comovida com a situação, convida a garota para um jantar.
MÃES PARALELAS | Uma revelação dolorida
Durante o jantar na casa de Janis, Ana revela que sua filha morreu de morte súbita antes de completar um ano de vida, sendo esse o motivo dela deixar a casa da mãe. Na noite seguinte, as duas repetem o jantar e a fotógrafa faz uma proposta: se a jovem aceitar ser babá e empregada dela, ela oferece um bom salário, comida e moradia. Empolgada, Ana aceita o trabalho.
Em uma das manhãs seguintes, Janis decide repetir o teste de paternidade, desta vez coletando amostras de material genético de Cecília e Ana. E para sua surpresa, a moça que está hospedada em sua casa é a mãe biológica da criança, mesmo assim ela decide manter o resultado do teste em segredo.
Após alguns meses dividindo o mesmo espaço, a relação que era de amizade, se torna um relacionamento amoroso. É nessa hora que Janis descobre a história por trás da gravidez de Ana e os motivos da relação ruim que ela tem com a família.
Depois de relutar muito em contar a verdade, Janis chama Ana ao seu escritório e revela os resultados dos exames. A novidade transforma a relação entre as suas em um verdadeiro caos, pois a jovem decide voltar para a casa da mãe com a filha. Para saber se Janis irá recuperar a filha e os restos mortais de seu bisavô, assista a Mães Paralelas na Netflix.
MÃES PARALELAS | A Guerra Civil Espanhola
O pano de fundo de Mães Paralelas é a Guerra Civil Espanhola e a ditadura franquista que ocorreu logo após o final do conflito. A Guerra durou três anos, de 1936 a 1939, e dividiu o país entre os republicanos e os falangistas, liderados por Francisco Franco, que após a vitória instaurou uma ditadura na Espanha.
A ditadura capitaneada por Franco durou de 1.936 até 1.973, dois anos antes da sua morte. Este período ficou marcado pelo alinhamento do governo espanhol com Hitler e Mussolini durante a Segunda Guerra Mundial e a perseguição de grupos étnicos como os catalães e os bascos. Após a morte do ditador, o país se tornou uma monarquia e passou a ser governada pelo rei Juan Carlos I.
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