CINEMA AFRICANO NA NETFLIX | EU SOU TODAS AS MENINAS

mulher na porta dentro na porta de um container olhando outras mulheres
Jodie descobre um lugar onde jovens ficam escondidas antes de serem traficadas.

Eu Sou Todas as Meninas é uma produção sul-africana que chegou recentemente ao catálogo da Netflix. O enredo, inspirado em uma história real, aborda a questão do tráfico sexual de mulheres jovens do país rumo ao Oriente Médio.

A história começa em 1994 na cidade de Johanesburgo, nos momentos finais do apartheid, com um vídeo confissão de Gerd De Jager. Ele assume que, junto com a namorada, sequestrava meninas negras e as levava para a fazenda de um influente político local.

O político era responsável por receber, selecionar as garotas e negociá-las com um homem poderoso do Irã. Porém, ele mantinha algumas meninas em sua fazenda para abusar delas e depois repassar para uma rede de prostituição na capital da África do Sul.  

Anos mais tarde, ao investigar o tráfico de mulheres, a policial Jodie Snyman se depara com um caso, onde o assassinado é um homem cujo passado é ligado à rede que Gerd de Jager fazia parte. O crime traz à tona a história de seis meninas sequestradas e desaparecidas nos anos 90.

Ao ser designada para a solução do caso, Jodie conta com a ajuda do parceiro Samuel Arendse, um renomado investigador local. Eles começam interrogando os familiares do morto em busca de pistas sobre quem poderia ter se vingado dele.

A única pista que a dupla tem são as iniciais T.S.C. gravadas no peito dele. Com o andamento da investigação, Jodie descobre que a sigla é referente ao nome de uma das meninas que foram sequestradas por De Jager e permanecem desaparecidas.

A partir dessa evidência, Jodie e Arendse adotam uma linha de investigação que leva à possibilidade de um assassino em série com planos de vingar o nome das meninas. A teoria se confirma com o surgimento de um segundo assassinato com as mesmas características.

O grande problema enfrentado pela dupla é que, além das iniciais das jovens, eles não têm muitos elementos para avançar as investigações. Pois, toda a investigação realizada em 1994 foi colocada em sigilo pelos governantes da época.

Porém, conforme a investigação dos assassinatos avança, Jodie descobre a existência de uma rede de tráfico de mulheres ainda existente em Johanesburgo. Mas conforme vai avançando em direção ao cabeça da rede, ela acaba ficando cada vez mais longe de descobrir a identidade do assassino em série.

A grande questão é que o assassino está sempre um passo à frente da equipe de investigação, o que leva o delegado a acreditar em um possível vazamento de informações. Por causa disso, Ntombizonke Bapai, assistente de Jodie, acaba sendo afastada da equipe.

A situação fica ainda mais complicada quando dois suspeitos chaves da investigação e possíveis líderes do tráfico aparecem assassinados em sua fazenda. Esse novo elemento, ao mesmo tempo, afasta Jodie e sua equipe do assassino e de conseguir desbaratar a quadrilha de tráfico de mulheres.   

Será que Jodie e sua equipe conseguirão deter o assassino misterioso e, ao mesmo tempo, desmontar a rede de tráfico infantil de mulheres? Para saber o final dessa história, assista Eu sou todas as meninas na Netflix.

visão aérea de Johanesburgo
Johanesburgo, a capital da África do Sul, é o cenário de Eu sou todas as meninas.

Eu Sou Todas as Meninas e o tráfico de mulheres

O pano de fundo do filme Eu sou Todas as Meninas é o tráfico internacional de mulheres jovens na África do Sul. De acordo com um relatório da ONU mostra que cada vez mais meninas da África, Oriente Médio, América e parte da Europa são vítimas do tráfico internacional para a exploração sexual. Em 2018, esse número chegou a 50 mil pessoas.

As seis meninas desaparecidas mencionadas no filme são baseadas em um caso real acontecido na África do Sul. O pedófilo Gert van Rooyen foi acusado de assassinar seis garotas sul-africanas entre 1.988 e 1.989, junto com a sua namorada e cúmplice Joey Haarhoff.

Veja o trailer de Eu sou Todas as Meninas

Deixe um comentário