O filme A Negação é uma coprodução britânica-norte americana que tem como pano de fundo o debate entre a historiadora estadunidense Deborah Lipstadt e o britânico David Irving, nos tribunais, sobre a existência ou não do holocausto judeu na Segunda Guerra.
A história começa com Deborah realizando a palestra de lançamento de seu livro que refuta as teses negacionistas do holocausto e que tem Irving como principal expoente na Europa. Porém, neste dia, David decide aparecer na palestra e a desafia para um debate para discutirem as suas teses.
Com a negativa da historiadora norte-americana, Irving decide processá-la nos tribunais da Inglaterra por ofensa moral, pois ela o havia acusado de negacionista e antissemita. Ao invés de tentar um acordo para encerrar o caso, Deborah vai aos tribunais para refutar as teses de David e mostrar que o holocausto existiu.
Para ajudar em sua defesa, pois na Inglaterra o ônus da prova cai sobre o acusado, ela conta com a ajuda do advogado veterano Richard Rampton e de Anthony Julius, um advogado em ascensão após vencer um caso semelhante envolvendo a então princesa Diana.
Assim que Lipstadt chega à Inglaterra para iniciar a montagem do processo judicial, as primeiras divergências entre ela e o corpo de advogados começam a surgir. Por seu lado, ela gostaria de confrontar Irving no tribunal e levar sobreviventes de Auschwitz para darem o seu depoimento sobre o que viram no campo de extermínio.
Porém, para a dupla Rampton e Julius, a estratégia para a vitória passa por levar o julgamento para juiz único, sem o auxílio de jurados e dar o mínimo de holofotes para o negacionista Irving. Além disso, eles decidem demonstrar o antissemitismo e as mentiras dele com base em historiadores e especialistas, proibindo que Deborah e os sobreviventes do holocausto sejam confrontados pelo historiador inglês.
A estratégia, apesar de controversa e gerar constantes atritos, começa a funcionar. Pois o grupo de advogados contrata uma equipe para vascular das obras e os diários de Irving em busca de contradições histórias e atitudes antissemitas que justifiquem o seu esforço em negar o holocausto ocorrido, principalmente nas dependências de Auschwitz.
Com todos os dados em mãos, com direito à uma viagem de Rampton e Deborah ao campo de extermínio para coleta de provas que evidenciem o genocídio, enfim o julgamento começa. O embate ficará centrado entre o veterano advogado e o negacionista britânico.
Rampton se apoia em buracos na teoria de Irving e no passado racista e antissemita do escritor, inclusive desferindo duros ataques à reputação do historiador. Ele, ao invés de se defender das acusações, prefere reforçar a sua tese e provar que o holocausto não existiu, dizendo ele foi um produto criado pelos judeus para conseguirem dinheiro e criar o estado de Israel.
Após oito semanas de trocas de provas e acusações, cabe agora ao juiz dar o veredito sobre a situação de David Irving: o holocausto não existiu ou o historiado está deturpando a história para atender os seus ideais antissemitas? Para saber o final dessa história, é só assistir A Negação, na Netflix.
A Negação a teoria negacionista sobre o holocausto
O pano de fundo do filme A negação é o embate real entre a historiadora da Emory University, Deborah Lipstadt, especialista em estudos sobre o holocausto e o historiador britânico David Irving, ocorrido em meados da década de 1990 e só resolvido anos depois.
Segundo a teoria defendia por Irving e alguns historiadores que desejam fazer revisionismo sobre os fatos históricos, negando que o holocausto judeu na Segunda Guerra aconteceu, pois para eles, as câmaras de gás com a intenção de exterminar os judeus nunca existiriam.
Eles alegam também que morte dos judeus aconteceu como qualquer outra ocorrida em tempos de guerra, não sendo uma perseguição sistemática ao seu povo. Quem defende essa teoria coloca sob suspeita até os relatos dos sobreviventes que conseguiram escapar com vida de Auschwitz.
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