O filme “A jovem rainha” é uma ótima coprodução entre Suécia, Dinamarca, Alemanha, Canadá e França disponível o Netflix. A história é um recorte de um período importante para a coroa sueca: o breve reinando da jovem Catarina.
A história começa em novembro de 1932 com a morte do pai de Cristina, o rei protestante Gustavo II Adolfo, que perdeu a vida no campo de batalha durante o período conhecido como a Guerra dos Trinta Anos que dividiu a Europa entre reinos protestantes e católicos.
Na época, Cristina tinha apenas seis anos e não podia assumir o reino da Suécia, que ficou sob o comando do chanceler Axel Oxenstierna até ela atingir a maioridade. Entre 1632 e 1644, quando finalmente assume o poder a então jovem rainha, por ordem expressas de seu pai, foi criada pelo chanceler como um verdadeiro príncipe e, diferente das mulheres da época, ela dominava a luta de espadas, cavalaria e estratégias de guerra.
Quando a jovem rainha toma posse do trono da Suécia, diversos conflitos pessoais e na corte começam a florescer. Cristina, contrariando sua criação e a imposição do protestantismo na Suécia começa a flertar com as ideias iluministas de René Descartes e com o catolicismo romano.
Ao mesmo tempo que tem que lidar com sua sede por conhecimento e com as questões da Guerra dos Trinta anos, Cristina precisa resistir à pressão de Axel para que ela se case com seu filho e lhe dê um neto, que se tornaria o futuro herdeiro de um dos tronos mais cobiçados da Europa.
Com a estratégia de invadir Praga, Cristina consegue costurar um acordo de paz que dá fim à Guerra dos Trinta anos. O chamado tratado de Paz de Vestefália trouxe finalmente paz à Europa e definiu que cada reino teria a autonomia para escolher sua religião oficial. Ele foi o primeiro tratado a constar os princípios de soberania nacional e Estado Nação (país).
Se no campo de batalha a rainha consegue sucesso, dentro de seu castelo a situação fica cada vez mais complicada. Contrariando os costumes conservadores da época, ela começa um romance com Belle, sua dama de companhia. Além de não aceitar nenhuma das propostas de casamentos, pois não queria ser submissa aos homens.
O reinado da rainha Cristina da Suécia durou efetivamente 10 anos. Para saber como essa história termina, só vendo o filme no Netflix.
A JOVEM RAINHA E A GUERRA
A guerra dos 30 anos ocupou boa parte da primeira metade do século XVII na Europa. O conflito que envolveu também os principais reinos do continente como França e Suécia começou durante a expansão do Sacro-império Germânico que após a Reforma Protestante, feita por Lutero, começou a enfrentar conflitos entre seus reinos divididos entre católicos e protestantes, que lutavam pela hegemonia política e religiosa na região. Em 1648, a assinatura do tratado de paz de Paz de Vestefália pôs fim ao conflito e cada reino teve a autonomia para implantar a sua própria filosofia religiosa.
A jovem rainha Cristina nasceu em dezembro de 1626 em Estocolmo e morreu em abril de 1689 em Roma, aos 63 anos. Governou o reino da Suécia efetivamente entre 1644 e 1954, quando abdicou do trono para se converter ao catolicismo, pois na Suécia a tradição dizia que todos os monarcas deveriam ser protestantes. Antes de abandonar o reino tornou seu primo de primeiro grau Carlos Gustavo em filho e sucessor ao trono do reino da Suécia. Cristina, antes de partir, assumiu seu amor por sua dama de companhia, a condessa Ebba Sparre.
Veja o trailer oficial de “A Jovem Rainha”
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